27/05/2016

RENASCIMENTO



O Renascimento se caracterizou em linhas muito gerais, pela inspiração nos antigos gregos e romanos e pela concepção de arte como um imitação da natureza, tendo o homem nesse panorama um lugar privilegiado mas  mais do queuma imitação, a natureza devia ser bem representada, passar por uma tradução que a  organizava sob uma ótica racional e matemática, num período marcado por uma matematização de todos os fenômenos naturais.
Na pintura a maior conquista da busca pr "naturalismo organizdo" foi a recuperação da perspectiva, representado a paisagem, as arquiteturas e o ser humano através de relações essencialmente geométricas e criando uma eficiente impressão de espaço tridimensional.

Chamou-se "Renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da antiguidade clássica, que nortearam as mudanças deste  período em direção a um ideal humanista e naturalista. O termo foi registrado pela 1ª vez por Giorgio Vasari já no séc. XVI, mas a noção de Renascimento como hoje o entendemos surgiu a partir da publicação do livro de Jacob Burckhardt (A Cultura do Renascimento na Itáliaa - 1867), onde ele defiai o peíodo como uma época de descoberta do mundo e do homem.

A Filosofia do Renascimento

A Filosofia do Renascimento foi o período da história da filosofia na Europa que está situado entre a Idade Média e o Iluminismo Ele inclui o sec. XV, alguns estudiosos estendem o seu começo a décda de 1350 e o seu término ao final do séc. XVI ou ao começo do séc. XVII , sobrepondo a Reforma e a Idade Moderna. Entre os elementos distintivos da filosofia do renascimento cultural estão o renascimento da educação e civilização clássica e um retorno parcial à autoridade de Platão sobre Aristóteles (que dominou a filosofia medieval).

Fases do Renascimento

Costuma-se dividir o Renascimento em três grandes fases. 
Trecento, Quattrocento e Cinquecento, correspondentes aos séc. XIV, XV e XVI, com um breve interlúdio entre as duas últimas chamado de Alta Renascença.


Características Gerais:

O Mecenato (a burguesia patrocinando os artistas)
A invenção da imprensa (1450)
Rivalidade entre as cidades Italianas

Características da pintura

  • Naturalismo.
  • racionalismo
  • equilíbrio
  • lei da perspectiva (profundidade)
  • elementos arquitetônicos (pontes, arcos, edifícios)




"Madona do Prado" - Rafael  1505-1506
A pintura tem de nome Madonna del Prado, e foi realizada por Rafael, datada nos anos 1505-1506. Tem como dimensões 113 cm por 88 cm e encontra-se no Museu Kunsthistorisches, em Viena.
Feito em óleo sobre madeira, representa um tema religioso, com a Virgem acompanhada por Cristo e S. João Baptista. O terceiro segura uma pequena cruz, que está a entregar a Cristo, e a Virgem observa a cena, como se soubesse o que aquilo significaria. Mostra-nos também uma conexão entre as três figuras, pela maneira como se observam uns aos outros e á cruz. 
No geral, as cores são algo frias, sendo assim ainda mais destacado as cores fortes que Rafael pintou nas roupas da Virgem - o azul e o vermelho. 
A perspectiva está presente, podendo-se ver mais ao longe um lago, assim como a geometria, pois as três figuras estão pintadas de forma a formar um triângulo, que vai desde a cabeça da Virgem ao pé de S. João, e daí ao pé da Virgem. Também contraste é visível, assim como a harmonia e ainda a naturalidade. Os traços renascentistas são facilmente identificados na obra, como por exemplo os corpos nus de duas das figuras, e a perfeição das obras de Rafael está também bem expressa.
Também duas bonitas flores, que se encontram ao lado da Virgem, são destacadas, por serem a única cor forte que não é relativa às representações humanas. No entanto, não conseguindo encontrar nenhuma explicação para o que poderiam explicar, mantém-se a cabo da imaginação de cada uma das pessoas, que podem ir pensando em vários significados que podem, ou não, envolver a Virgem, Cristo e S. João Baptista.


Nascimento de Vênus - Sandro Botticelli 1486

O Nascimento de Vênus é uma obra do pintor italiano Sandro Botticelli. A pintura mostra a Vênus surgindo nua de uma concha sobre as espumas do mar. A obra ainda apresenta Zéfiro, o vento do Oeste, assoprando na direção da deusa, acompanhado pela  ninfa Clóris.  À direita de Vênus, há uma Hora (deusas das estações) que lhe entrega um manto com flores bordadas.

Características da pintura renascentistas,
pintura a óleo  (Jan Van Erick)
Sfumato (esfumaçado)


Mona Lisa - Leonardo daVinci 1503-1506
"Mona Lisa" ,também conhecida como "A Gioconda",é uma pintura feita pelo artista italiano Leonardo da Vinci, mostrando uma mulher coma expressão introspectiva, ligeiramente sorridente. É provavelmente  o retrato mais famoso na história da arte,. Raros trabalhos de arte são assim comemorados ou reproduzidos.
Leonardo começou o retrato em 1503 e terminou cerca de três anos mais trade. A pintura a óleo em madeira, exposta agora no Museu do Louvre em Paris, é a maior atração do museu.



A virgem e o Menino - Leonardo da Vinci - 1508 a 1513 - Museu do Louvre
A Virgem e o Menino com Santa Ana, óleo sobre madeira (168cmx112cm) é obra de Leonardo da Vinci, pintada em Milão entre 1508 e 1513.Leonardo nunca finalizou este painel. Leonardo havia conquistado total maestriaao modelar o rosto humano. A Virgem e Santa Ana nesta pintura têm as mesmas características que as mulheres que ele já havia pintado Os rostos são calmos e serenos.A paisagem é parecida com a do quadro Mona Lisa.
Não obstante é realidade de suas obras, em "A Virgem e o Menino com Santa Ana" os traços anatômicos são incrivelmente fiéis.Percebe-se a utilização da técnica Chiaroscuro (inventada pelo pró Leonardo da Vinci), um jogo de luz e sombra ue dá ainda mais vida à arte do célebre pintor

ESCULTURA

Características

  • realismo / naturalismo 
  • Dinamismo
  • Expressividade

Moisés - Michelangelo (1513-1515) - basílica de San Pietro in Vicoli -Roma


Conta-se que após terminar de esculpir a estátua de Moisés, Michelangelo passou por um momento de alucinação diante da beleza da escultura. Bateu com um martelo na estátua e começou a gritar. "Porque não falas ? "



David,  Donatello, (1440 ? )  Museu Nacional de Bargello - Florença (alt - 1,58 m)


David, Donatello  -   Museu Nacional de Bagello - Florença (alt. - 1,91m)


David é o nome de duas estátuas feitas por Donatello, retratando a história bíblica da vitória do Rei David sobre o gigante Golias. A primeira foi iniciada em 1408 e terminada em 1409 e a última acha-se que foi esculpida em 1440.




Santa Ceia - Leonardo da Vinci  1495 a 1498 afresco  refeitório de Santa Maria da Graça - Milão


Teto da capela sistina (Afreco) - Michelangelo - 1508 a 1512 -  Palácio Apostólico - Vaticano

25/05/2016

ARTE GÓTICA

Estilo artístico que dominou a arte européia entre os séculos XII e XV.  Irradiou do norte da França e embora se tenha desenvolvido em várias vertentes artísticas (pintura escultura, vitral, ourivesaria, etc...) permaneceu essencialmente ligado a escultura recebendo por vezes o nome de ogival , em referência aos arcos cruzados das abóbadas.

O estilo gótico foi precedido na Europa pelo estilo romântico Este defina-se pela horizontalidade e pela obscuridade dos interiores fazendo utilização sistemática do arco de volta perfeita e da abóbada de berço.

A arquitetura foi a principal expressão da Arte Gótica e propagou-se por diversas regiões da Europa, principalmente com as construções de imponentes igrejas. Apoiava-se nos princípios de um forte simbolismo teológico, fruto do mais puro pensamento escolástico: as paredes eram a base espiritual da Igreja, os pilares representavam os santos, e os arcos e os nervos eram o caminho para Deus. Além disso, nos vitrais pintados e decorados se ensinava ao povo, por meio da mágica luminosidade de suas cores, as histórias e relatos contidos nas Sagradas Escrituras.
Do ponto de vista material, a construção gótica, de modo geral, se diferenciou pela elevação e desmaterialização das paredes, assim como pela especial distribuição da luz no espaço. Tudo isso foi possível graças a duas das inovações arquitetônicas mais importantes desse período: o arco em ponta, responsável pela elevação vertical do edifício, e a abóbada cruzada, que veio permitir a cobertura de espaços quadrados, curvos ou irregulares. No entanto, ainda considera-se o arco de ogiva como a característica marcante deste estilo.

Catedral de Salisbury

Catedral de Lincoln -  Lincolnshire Inglaterra


Do ponto de vista material, a construção gótica, de modo geral, se diferenciou pela elevação e desmaterialização das paredes, assim como pela especial distribuição da luz no espaço. Tudo isso foi possível graças a duas das inovações arquitetônicas mais importantes desse período: o arco em ponta, responsável pela elevação vertical do edifício, e a abóbada cruzada, que veio permitir a cobertura de espaços quadrados, curvos ou irregulares. No entanto, ainda considera-se o arco de ogiva como a característica marcante deste estilo.


Abadia de Westminster


ARQUITETURA

Arco Ogiva e Ogiva alongado






Pilar dos anjos - catedral de Estrasburgo

Catedral de Notre-dame - Paris

Rosásea da catedral de Notre-dame (característica da arte gótica)
 As gárgulas na arquitetura são desaguadouros ou seja uma espécie de calhas no telhado e destina-se a desaguar as águas pluviais a certa distância da parede e que especialmente na Idade Média eram ornadas por figuras mosntruosas humanas ou animalescas comumentes presentes presentes na arquitetura gótica.
Acredita-se que as gárgulas eram colocadas nas Catedrais Medievais para indicar que o demônio nunca dormia ,exigindo a vigilância contínua das pessoas, mesmo nos locais sagrados.


Gargula da catedral de notre-dame




PINTURA


O primeiro beijo, terno e íntimo, é dado entre Joaquim e Ana, no momento em que esta, já idosa, encontra o marido, nos portões da cidade. O casal ancião havia sido avisado por um anjo que, depois de tantos anos de preces e pedidos, ela está milagrosamente grávida, esperando por Maria, a futura mãe de Jesus. O casal se enlaça delicadamente, as mãos dela em torno ao rosto de Joaquim, o braço dele suavemente curvado, segurando-a firme, porém gentilmente. Os rostos se fundem em uma união afetuosa e carinhosa. 
(Giotto)

GIOTTO -  "O Encontro no Portão Dourado" -  capela scrovegni (Arena) Pádua.

A Anunciação - Gentile de Fabriano ,pinacoteca do Vaticano





JAN  VAN  EYCK  -  "O casamento de Arnolfini" - National Galery de Londres.

Obs: em especial essa obra acima de Van Eyck.

Apesar de ser pintura num espaço limitado, o artista visou muitos elementos simbólicos para a realização desta cerimônia. Muitos deles não se vêm com grande pormenor nesta imagem, mas que são visíveis quando nos encontramos em frente dela.

No quadro estão representados Giovanni Arnolfini di Nicolao e a sua esposa Giovanna Cenami.

Em primeiro lugar, a representação do casal, pelos trajes, os gestos e feições mostram a grande importância que tem perante a cerimônia. Também mostram as suas posses e riquezas feito de ouro e Giovanna  está a utilizar um vestido com vários detalhes e um conto que parece ser feito de ouroe Giovanni Arnolfini usa uma espécie de cpaote que parece conter pele de animal, o que geralmente são caros. Ambos parecem estar a utilizar anéis, algo, que para além dos casais utilizarem, só pessoas que faziam parte da burguesia e da nobreza é que utilizavam. A cama e o tapete também podem ser objectos que simbolizam a sua riqueza.

Depois,o significado dos elementos secundários que podem ser vistos ao longo do segundo plano,


Começando com os frutos (laranjas, pêssegos e maçãs) que se encontram em cima de uma arca poderão querer representar a inocência e até a fertilidade da mulher e a esperança de filhos para o casal. Isso pode também ser transmitido por outro pormenor, difícil de identificar, que é a imagem de Santa Margarida (é o que se diz) retalhada na cadeira que se encontra no fundo da pintura, que é a padroeira dos partos.



 
Em cima do casal, encontra-se um castiçal com 7 braços e contém apenas uma vela acesa, provavelmente a vela que a noiva ofereceu ao noivo segundo a tradição flamengo deve ser acesa no 1º dia do casamento emantê-la acesa até a noite de núpcias. Esta vela acesa poderá também significar o Olho de Deus visto que uma vela acesa à luz do dia simboliza por norma a presença do espírito Santo.

Ambos estão descalços (visto que os sapatos de Giovanna e Giovanni se encontram espalhados pelo quarto), demonstra respeito e consciência de santidade e beatitude do matrimônio . Os tamancos em 1º plano são provavelmente um sinal de respeito pela cerimônia do casamento e apontam, além disso, para o feto de este acontecimento ter lugar em terra Santa. 


O cão simboliza a luxúria e a fidelidade, ou seja, estabilidade doméstica e tranquilidade (“Fido”, o nome usual em latim para os cães, significa confiança)


Esta pintura de Van Eyck é famosa devido ao misterioso espelho convexo que foi representado no fundo do quarto. O espelho é como o elemento focal de toda a pintura, ele reflete tudo o que conseguimos e não conseguimos ver daquele quarto.
Reflecte 2 figuras na porta, ou seja, como 2 testemunhas para legalizar o casamento. Uma delas é o próprio pintor que pela primeira vez na história da arte, se retrata a si próprio. A moldura do espelho contém imagens da Paixão de Jesus Cristo e representa a promessa de Deus de salvar as pessoas que estão retratadas no espelho.
O próprio espelho simboliza Maria e refere-se à imaculada Conceição e à pureza da Virgem Santa, representando além disso o olho de Deus (testemunha da cerimónia também).

O quadro está assinado acima do espelho: “Johannes de Eyck fuit hic – 1434” ou seja, Jan Van Eyck esteve aqui. Indica que esteve presente para pintar a cerimônia. Escreveu a sua assinatura num tipo de letra que era corrente em documentos legais – o objectivo parece ser como fosse a certidão do casamento. 

24/05/2016

CRISTÃ PRIMITIVA & BIZANTINA

A partir de 313, a expansão do cristianismo pelo Império Romano estabeleceu outra fase no desenvolvimento das expressões artísticas ligadas a essa nova crença. De acordo com as bases fundamentais do Edito de Milão, documento oficial outorgado pelo Imperador Constantino, o cristianismo passava a ser uma religião reconhecida pelo Estado romano. Após essa determinação, as igrejas cristãs se proliferaram e abriram espaço para um novo campo de expressão para tal arte.

Os primeiros templos cristãos foram visivelmente influenciados pela tradição arquitetônica dos prédios públicos romanos. Uma das maiores manifestações dessa influência é vista na utilização da palavra “basílica” para nomear as igrejas. Antes de tal acontecimento, esse mesmo nome era somente empregado para os prédios que cuidavam da administração do império.

Sendo uma verdadeira homenagem à confissão cristã, essas primeiras igrejas construídas tinham um projeto arquitetônico bastante elaborado. Os recursos financeiros utilizados eram elevados, pois se tinha uma grande preocupação com a solidez da obra construída. Internamente, as primeiras basílicas cristãs eram dotadas de um grande teto segmentado em três grandes abóbodas ogivais apoiadas por ogivas menores que, por sua vez, eram sustentadas por várias colunas.

Em algumas situações, por conta da falta de conhecimento do arquiteto ou pela simples contenção de despesas, algumas igrejas contaram com um projeto menos elaborado. Contudo, vemos que parte considerável dessas igrejas valorizava a concepção de espaços amplos que pudessem se adequar à congregação de vários seguidores do cristianismo. Além disso, as paredes eram ricas em pinturas que faziam referência a passagens bíblicas.

As pinturas que aparecem nessa época assinalam bem o estado de hibridação cultural vivido no mundo romano. Muitas das imagens representadas no interior destas igrejas, que faziam sentido ao culto cristão, também poderiam despertar os sentidos dos seguidores das demais religiões pagãs. A representação de videiras nos arabescos das basílicas que poderia ter origem nos rituais dionisíacos, agora, no contexto cristão, fazia referência ao sagrado ritual eucarístico.

Além dessa fusão, percebemos que a liberação do culto propiciou a inauguração de uma série de novos elementos que integraram a iconografia cristã. Como exemplo, podemos citar uma interessante imagem presente na Igreja de Santa Constanza. Em tal construção, podemos apreciar a imagem do Cristo em um cenário paradisíaco entregando as leis nas mãos dos apóstolos Pedro e Paulo.

Ainda durante o século IV, temos que ainda destacar as ações tomadas pelo Imperador Teodósio. Por meio dos poderes a ele concedidos, este governante romano, no ano de 391, elevou o cristianismo à condição de religião oficial de todo o Império Romano. Dessa forma, podemos compreender por quais razões a pintura e a arquitetura cristã se desenvolveram tanto nesse espaço de tempo.









FASE CATACUMBÁRIA

Após a morte de Jesus Cristo, a pregação do ideário cristão recaiu sobre os ombros dos discípulos do Primeiro Século. Em sua fase inicial, essa ação evangelizadora se restringiu ao perímetro da região da Judeia, local onde o próprio Jesus teria realizado a grande maioria de suas pregações. Contudo, com o passar do tempo, a ação dos discípulos se mostrou eficaz e determinou a divulgação dos valores cristãos para outras partes do Império Romano.
Para os dirigentes romanos, a divulgação do cristianismo era uma séria ameaça aos valores e interesses do império. A crença monoteísta era contrária ao panteão de divindades romanas, entre as quais se destacava o próprio culto ao imperador de Roma. Ao mesmo tempo, o conceito de liberdade fazia com que vários escravos não se submetessem à imposição governamental que legitimava a posição subalterna dos mesmos.
Dessa forma, os cristãos passaram a ser perseguidos das mais variadas formas. Eram torturados publicamente, lançados ao furor de animais violentos, empalados, crucificados e, até mesmo, queimados em vida. Para redimir e orar pelos seus mártires, os cristãos passaram a enterrá-los nas chamadas catacumbas. Estas funcionavam como túmulos subterrâneos onde os cristãos poderiam entoar canções e pintar imagens que manifestavam sua confissão religiosa.
Esses cantos funcionavam como orações pronunciadas em ritmo prosódico e sem nenhum tipo de instrumento musical acompanhante. Segundo alguns pesquisadores, esse tipo de canto, mais comumente conhecido como “salmodia” (em referência ao livro dos Salmos) fora trazida por São Pedro, ainda nos primeiros anos da Era Cristã. Posteriormente, a música cristã seria conhecida como cantochão ou cantus planus, tendo como marca principal sua leve variação melódica.
A pintura elaborada no interior das catacumbas era rodeada de uma simbologia que indicava a forte discrição do culto cristão naquele momento. O mais recorrente símbolo era o crucifixo, que rememorava a disposição que Jesus teve de morrer pela salvação dos homens. A âncora significava o ideal de salvação. O peixe era bastante comum, pois a variação grega do termo (“ichtys”) era a mesma das iniciais da frase “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”.
O desenvolvimento desse tipo de expressão artística acabou permitindo a execução de cenas cada vez mais complexas. Algumas cenas do texto bíblico começaram a tomar conta da parede das catacumbas. Entretanto, a imagem mais representada era a do próprio Jesus Cristo. Na maioria das vezes, o exemplo maior do cristianismo era simbolizado como um pastor entre as ovelhas. Tal alegoria fazia menção à constante importância que a ação evangelizadora tinha entre os cristãos.
Essa fase inicial da arte primitiva não foi dominada por algum artista específico. A maioria das representações encontradas foi executada por anônimos que desejavam expressar suas crenças. A falta de um saber técnico anterior à concepção de tais obras marcou essa fase inicial da arte cristã com formas simples e bastante grosseiras.

Cristo na figura do "Bom Pastor" imagem comum em catacumbas cristãs 


MOSAICO BIZANTINO


O mosaico consiste na colocação, lado a lado, de pequenos pedaços de diferentes colorações, sobre uma superfície de gesso ou argamassa. Essas pedras são colocadas de acordo com um desenho pré-determinado. A seguir, a superfície recebe uma solução de cal, areia e óleo, que preenche os espaços vazios, aderindo melhor os pedaços de pedra. Como resultado obtém-se uma obra semelhante à pintura.
Os mosaicos tiveram diferentes utilizações no decorrer da história, mas foi com os bizantinos que ele atingiu sua mais perfeita realização. Devido suas figuras rígidas e a pompa da arte de Bizâncio, o mosaico se tornou a forma de expressão artística preferida pelos ocidentais romanos.

Assim, as paredes e as abóbodas das igrejas, recobertas de mosaicos de corres intensas e de materiais que refletem o dourado, conferem uma suntuosidade ao interior dos templos, que nenhuma época teve a capacidade de reproduzir igual.
O mosaico é a expressão máxima que podemos ver da arte bizantina.Ele não servia apenas para decorar as paredes e as abóbodas, mas sim também servia como fonte de instrução e guia espiritual para os fiéis, mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas,e dos vários imperadores. Plasticamente, o mosaico bizantino não se assemelha aos mosaicos romanos;  pois eles são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem também os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar uma certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é bastante utilizado, devido sua associação a um dos maiores bem materiais existentes: o ouro.


23/05/2016

ARTE GRECO-ROMANA

Os Gregos achavam que o mundo era um prato. (seria uma ilha)  -  700a.C.

História (resumo)

A arte greco-romana se desenvolveu, aproximadamente, entre os séculos VIII a.C e V. Tem sua origem na civilização creto-micênica, que se desenvolveu na Ilha de Creta.

Porém, foi no século V a.C, que esta arte teve grande desenvolvimento na Grécia, principalmente na cidade-estado de Atenas. Foi um período de grande criatividade e desenvolvimento artístico e cultural.

Na primeira metade do século IV a.C, Alexandre, o Grande (rei da Macedônia) dominou a Grécia. Grande apreciador da cultura grega, Alexandre difundiu a cultura dos gregos para as regiões por ele conquistadas. Este processo, que foi continuado por seus sucessores, ganhou o nome de Período Helenístico e durou até 146 a.C (conquista da Península Grega pelos romanos).

Os romanos, após conquistarem a Grécia, absorveram vários aspectos da cultura grega. Portanto, a arte romana, foi marcada pela forte influência grega.

A arte greco-romana entrou em decadência junto com o Império Romano. Após as invasões bárbaras do século V, surgiu na Europa um novo momento histórico, conhecido como Idade Média. Na época Medieval, os principais elementos da arte greco-romana foram esquecidos na Europa. A arte clássica foi resgatada com força somente na época do florescimento do Renascimento Cultural, ou seja, no século XV.



PINTURA (GREGO)

É necessária fazer referência da cerâmica, já que foi precisamente na decoração de ânforas, pratos e utensílios cuja antiga Grécia que a arte da pintura pode se desenvolver.
No começo os desenhos eram simples, formas geométricascom motivos circulares e semicirculares, dispostos simetricamente.

Desenho na cerâmica.



Aquiles e Ajax jogando damas.



Aquiles - pouco antes dos combates em Tróia  (guerreiro da direita)

Ajax - filho de Télamon (guerreiro de esquerda)  540a.C.


Outra cerâmica:

A despedida do guerreiro (505a.C.)

Neste vaso grego que mostra um guerreiro vestindo sua armadura , sendo ajudado por duas pessoas sua cabeça está de perfil, porém o escorço (pés visto de frente) já se encontra bem desenhado, mostrando que o artista procurou um ângulo para pintá-lo.
A arte egípcia serviu de base para os gregos a aprimorarem e dessem a ela uma forma ainda mais próxima da realidade, o que continuaria  acontecendo muitos séculos depois.






ESCULTURA



Cópia de Míron: Discóbolo, c. 455 a.C., Gliptoteca de Munique

Vênus de Milo - Museu do Louvre
 ARQUITETURA



Partenon - Grécia

Ordens Arquiquetônicas Gregas:
São três: Ordem Dórica, Ordem Jônica e Ordem Coríntia

Ordem Dórica: representa o masculino, o simples, o prático e o bruto. Esse estilo é mais voltado para a funcionalidade e menos decorativo.

Ordem Jônica: simboliza o feminino é mais trabalhado e apresenta mais atenção a estética. Acrescenta-se uma base a coluna e o capitel ganha ornamentos curvos e simétrico.


Ordem Coríntia: representa a natureza e é a mais trabalhada, com arranjos florais e folhagens esculpidas no capitel. Também apresenta base na coluna e o entablamento tem duas vigas diagonais.






Diferenças entre as ordens jônica, dórica e coríntia.







19/05/2016

EGITO

ORIGEM HISTÓRICA


As primeiras tribos , segundo alguns egiptólogos chegaram por volta de 5000a.C. , esses grupos já haviam se tornado sedentários e já dominavam os ciclos da cheia do Nilo, para prática da agricultura.

Essas tribos eram chamadas de Nomos e seu líder de Nomarca..
Além do controle da agricultura, os Nomarcas controlavam o comércio e a "confecção" de utensílios domésticos, gerando assim uma diferença social entre os diversos grupos.


UNIFICAÇÃO DO EGITO

Surgiram várias disputasentre os Nomarcas principalmente pelas terras férteis e pelo controle do comércio.
Tempos depois entre 3100 3120 a.C., governante do alto egito, surgiu o 1º faraó - Menés.
Ele unificou o Egito.

SOCIEDADE E CULTURA


A sociedade é formada por várias classes ou seja é uma sociedde desigual, dentro dela tinha:

  • os escribas (que sabiam ler) e comerciantes
  • camponeses
  • artesãos
  • os escravos
  • sacerdotes (sabiam ler , escrever e faziam a mumificação.
  • Faraó: Grande chefe político e religioso. Era um Deus vivo.





Sociedade Egípcia começou em 3150a.C. e terminou em  30a.C.

OBS: KEMET - "A terra negra" - trazida pelos rios.
          DECHERET - "A terra vermmelha" para enterrar seus mortos e buscar pedras preciosas.



PEDRA DE ROSETA

Pedra contendo o mesmo texto em 3 idiomas.
Na parte superior - hieróglifos egípcios,
                                demótico
                                 Grego.







A PINTURA

A pintura era de perfil (os pés, a cabeça, os olhos e o corpo) eram frontais. Tinha um gabarito de rígido padrão de construção as figuras obedeciam proporções pré-determinadas.
Esse gabarito permaneceu inalterado por milhares de anos, passando dinastia a dinastia.
Cores: feminina Ocre
            masculina vermelho.




os pés de perfil e o corpo frontal

olho pintado pra frente

observe as cores do masculino e feminino



ANUBIS

Deus da morte:  funções - mumificação e do submundo.
Era representado nas pinturas como: Corpo de homem e cabeça de um chacal e considerado a 1ª múmia do Egito antigo.





ESCULTURA

Nas tumbas dos Faraós foram encontradas diversas esculturas de ouro. Os artistas conheciam muito bem as técnicas do trabalho artístico em ouro. Faziam estatuetas representando deuses e deusas da religião politeísta egípcia. O ouro também era utilizado para fazer máscaras mortuárias que serviam de  proteção ao rosto das múmias.





GRUPO ESCULTÓRIOS - GRUPO DE ESCULTURA

Miquerinos - Foi um rei da IV dinastia egípcia
Menkuraué - significa estáveis são os Kaus de ré
Miquerino era filho de Quéfren.






ARQUITETURA

Colunas no egito antigo
Palmiforme  -  em forma de flôr de lótus aberta.
Lotiforme  -  em forma de flôr de lótus fechada
Papinforme fechado - em forma de papiro fechado
Papinforme aberta  -  em forma de papiro aberto.







TÚMULOS

Pirâmide - Túmulo real, destinado ao faraó Mastaba -  Túmulo para nobrezae os sacerdotes
Hipogeu -  Túmulo destinado às pessoas comuns do povo.

Pirâmide -  alta a porta diânteira aponta para a estrela polar, com o propósito de que a influência de sua força se concentrasse sobre a múmia.

Mastaba - É uma pirâmide baixa com poucos degraus.

Hipogeu - tipo de uma caverna. Arte voltada para a morte: túmulos, estatuetas, vasos deixados junto aos mortos. Construções mortuárias.


Hipogeu - túmulos fósseis

Simples buracos no solo eram utilizados para o enterro dos egípcios de classe baixa. Eles geralmente eram colocados ao redor do túmulo de membros da monarquia ou realeza. Por serem cobertos com areia, os corpos dos mortos se secavam com o sol quente, o que os preservava por um longo tempo e poderia ter dado aos egípcios a ideia de mumificação artificial. Mais tarde, as sepulturas simples foram aperfeiçoadas com paredes de tijolos e telhados, e câmaras menores foram adicionadas, contendo mercadorias como cerâmica, joias ou alimentos para a vida após a morte.

Mastaba


As tumbas cortadas na rocha estão localizados no Vale dos Reis, um vale deserto na margem oeste de Tebas. A única maneira de chegar aos 62 túmulos do faraó era um caminho estreito, pois a localização era considerada mais segura e difícil de ser alcançada por ladrões de túmulos. As tumbas eram "ramificadas" fora do caminho principal em salas funerárias diferentes, esculpidas próximas umas das outras. Suas paredes eram decoradas, e cada sarcófago do rei ou rainha era cercado por tesouros e objetos de grande valor.


Pirâmide


As primeiras pirâmides datam de cerca de 2.700 aC, durante o período do Império Antigo. As primeiras formas, as pirâmides em degraus, foram construídas para abrigar o corpo real, bens, tesouros, mobília, passagens secretas e câmaras, e até mesmo armadilhas imprevisíveis para potenciais ladrões. Essas pirâmides em degraus foram a inspiração para as pirâmides verdadeiras, sendo as mais famosas delas as de Gizé, cujas linhas limpas e superfícies lisas ainda podem ser vistas hoje. A pirâmide de Quéops tem 137 m de altura, sendo considerada o maior edifício já construído em um único bloco. Juntamente com as outras pirâmides menores de Gizé, ela representa a única das sete maravilhas do mundo antigo que permanece de pé.



CARACTERÍSTICAS DA ARTE EGÍPCIA

  • Religião
  • Conservação e solidez
  • Perpetuidade
  • Regularidade geométrica
  • Apropriação de elementos da natureza
  • Enigmabilidade e inacessibilidade


TEMPLOS

Carnac e Luxor
As colunas são muito próximas com pequenos espaçosentre si e com a emenda das vigas sobre as colunas.
Formatos das colunas diferentes no mesmo templo.
Obeliscos eram colocados a frente dos templos para materializar a luz solar.


Templo de Luxor, pilonos e estátuas colossais do faraó Ramsés II




TUTANKAMON

O famoso faraó morreu ainda jovem com apenas 18 anos. As causas de sua morte são desconhecidas, mas a lista de possibilidades parece interminável.
Em 1922 o arquiólogo inglês Howard Corter encontrou o seu túmulo no vale dos reis.
Tinha 5 máscaras mortuárias e 3 sacórfogos e vários objetos.


Alguns objetos encontrados no túmulo de tutankamon